Powered By Blogger

terça-feira, 10 de maio de 2011

Diáfana

                                Wellington Antônio Aguiar

Deus, é assim que desejo,
Vejo, almejo esse amor.
Mas, lá está
Disperso no ar,
A me rodear,
Sem nunca tocar.

Busco uma figura humana
Pra vestir tal diáfana
Esse amor encarnar

Tenho o quis
Tenho o sim
Tenho não
Tenho o ai de prazer

Tenho o fiz
Tenho o fim
Tenho o chão
Tenho o que hei de fazer?

Quem trouxe esse amor
No meu ser misturou
Dando único sabor
A tudo isso que sou?

Me deu tontura de amar
A secura de arfar
No meu suor se embebeu
Ais de gozo, gozo a mais
Na distância se faz
Não houve sequer um adeus

Silêncio que fere
Não conta o porquê
Chegue e altere
Todo o meu padecer

A saudade me enlaça
Sua faca trespassa
Esse meu bem querer

Saudade espessa
Da minha dor inquilina
A solidão se confessa
E mesmo que acabe, essa dor não termina

Tenho o quis
Tenho o sim
Tenho o não
Tenho o ai de prazer

Tenho o fiz                   
Tenho o chão
Tenho o fim                               
Tenho o que hei de fazer?

Nenhum comentário:

Postar um comentário